quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Entrevista


Atividade: Entrevistar uma professora que atua na educação básica há mais de 20 anos.

"A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida."
JOHN DEWEY

Entrevista realizada com a Professora SANDRA REGINA HEYN, que atua a 20 anos como professora, e ao ser indagada sobre o que é educar, a professora respondeu que segundo Piaget, educar seria estimular a estruturação das formas motora, verbal e mental do aluno. Mas nos dias atuais, acredito que educar seja preparar o aluno/jovem para o mundo em que vive. Dar noção de cidadania e ensiná-lo a respeitar a si mesmo e aos outros. Seria ajudar a construir um ser. Um ser humano pensante, crítico e com limites.

Foi questionado como ela lida com a falta de respeito que os alunos de hoje têm com os profissionais da educação, relatou que, para ela, acima de tudo tem que ter amor pelo que faz. O amor pela profissão é a chave para lidar com esses jovens sem limites. Na verdade, eles estão abandonados pela família e quando se sentem amados e respeitados, por mais duros que sejam, consegue-se tocar em seus corações. Entretanto, para tudo há exceções, e algumas vezes, não se consegue o objetivo, mas o importante é ter serenidade e “jogo de cintura” para não estressar.

A professora mencionou ainda como vê a educação nos dias atuais no que diz respeito à formação docente, que acredita que os formadores de hoje estão vindo de acordo com o que é oferecido. Que infelizmente a educação, no que diz respeito à qualidade de ensino, deixa muito a desejar. Os interesses políticos tomaram conta da formação educacional desde o ensino fundamental ao nível acadêmico. Os bons profissionais da educação ou já se aposentaram ou estão em vias de fazê-lo. Portanto, os que estão no mercado não tiveram boa qualidade de ensino como os anteriores. Ainda há o fato de que muitos atuam na área por ter sido a única opção que tiveram. Como disse anteriormente, quando se ama o que faz, você tem a chave. Você busca, corre atrás, estuda sozinho. O aprimoramento vem conforme você se envolve naquilo que faz. Entretanto, se não gosta do que faz e ainda soma-se à má formação, não tem como formar outros cidadãos com boa qualidade.


Abordamos a questão da indisciplina, informando que é um fator que desfavorece muito a aprendizagem, pois não existe aprendizagem com indisciplina. Há que se diferenciar indisciplina de uma aula dinâmica onde os alunos têm que se movimentar na sala e que para lidar com essa indisciplina em sala de aula, primeiramente, deixa claro que “ela” (a indisciplina) não se restringe apenas a sala de aula. É um fator que começa desde a entrada do aluno no ambiente escolar. Tem que se colocar limite e estabelecer regras desde a entrada do aluno no portão da escola. Quando tudo já começa muito solto o professor será um fator isolado em sua sala de aula para gerenciar a falta de limite dos alunos ressaltando o que já havia dito anteriormente, tudo se resolve com amor e paciência. Deve-se conquistar o respeito do aluno e estabelecer um relacionamento de confiança entre as partes. Se “bater de frente” não consegue resultado satisfatório. Ficará o ano letivo inteirinho colocando aluno pra fora e mandando pra coordenação. Quando se manda um aluno pra coordenação, está-se transferindo sua autonomia de sala de aula à outra pessoa. Você está delegando alguém para gerenciar a indisciplina em sua sala de aula. A partir daí, você perde o controle. Não confundamos isso com tratos feitos anteriormente com o aluno, onde você estabelece limites com ele e caso não seja cumprido você o leva para a direção para que lhe seja dada uma suspensão por descumprimento de trato contigo.

Mudando o um pouco a linha de questionamento, foi perguntado como a professora vê a avaliação, então o avaliar é validar o conhecimento do aluno e para isso há muitas formas de fazê-lo. A prova escrita, por si só, não avalia o preparo de um aluno. Deve-se levar em conta o fator emocional da criança ou do jovem adolescente.

Sobre a tecnologia, relatou que o novo é um elemento que assusta. No início, houve certa rejeição, mas esta era apenas o medo do novo. Com o tempo foi-se percebendo as vantagens obtidas com o uso da tecnologia e quanto podemos somar à aprendizagem se bem empregada e que a interação com o mundo do jovem que já está habituado a esse mundo virtual e o contato com o visual, abandonar um pouco o quadro e o giz, onde tudo fica muito distante do proposto. 

Autores:

Adriana Lima Leão de Moura RA 7035527572
Cleide Aparecida de Freitas Meira RA 7035527595
Eliane Ferreira Miyasatu RA 1299733409
Gisele Marques de Almeida RA 7035525019
Maria Aparecida Carreiro da Silva RA 6293530259
Pricilla Roberto Cavalcante RA 7069538628
Solange Souza Marques RA 7005523580 

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